Denominação de Objetos Astronómicos

A nomenclatura dos corpos celestes tem sido um tópico controverso. No seu encontro inaugural em 1922, em Roma, a UAI padronizou nomes de constelações e abreviações. Mais recentemente, Comités da UAI ou Grupos de Trabalho têm certificado os nomes de objetos e características astronómicos. Nos links a seguir, pode encontrar mais informações sobre diferentes objetos e características astronómicos.


Links rápidos:

 


Grafia dos Nomes

Perguntas têm sido feitas sobre a grafia adequada dos nomes em inglês de objetos astronómicos, especialmente no que se refere à sua maiusculização.

A UAI formalmente recomenda que as letras iniciais dos nomes de objetos astronómicos individuais sejam escritas em maiúsculas (veja o IAU Style Manual, Trans. Int. Astron. Union, vol. 20B, 1989; capítulo 8, p. S30 – arquivo PDF); p. ex., Terra, Sol, Lua, etc. "O equador da Terra" e "A Terra é um planeta no Sistema Solar" são exemplos da grafia correta de acordo com essas regras.

É enfatizado, no entanto, que convenções linguísticas são de responsabilidade dos países individuais ou grupos de países. Embora a UAI esteja disposta a ajudar a chegar a um grau mínimo de consistência ortográfica no que se refere aos termos astronómicos, não pode comprometer-se com todas as línguas, nem está no poder da UAI impor a aplicação de tais convenções.

Se um nome é difícil de soletrar ou pronunciar, talvez esta não seja a melhor escolha para o seu uso em mapas e apresentações. Por vezes, os nomes compostos são desencorajados por este motivo. O propósito da nomenclatura é fornecer nomes simples, claros e inequívocos.

 


Denominação de Objetos do Sistema Solar e Características

A UAI tem sido um árbitro na denominação de planetas e satélites desde a sua conceção em 1919. Os vários Grupos de Trabalho normalmente lidam com esse processo, e a sua decisão afeta sobretudo os astrónomos profissionais. Mas de tempos em tempos, a UAI toma decisões e faz recomendações em impasses relativos a questões astronómicas que afetam outras ciências ou o público. Tais decisões e recomendações não são passíveis de execução por via de alguma lei nacional ou internacional; em vez disso, elas estabelecem convenções que são destinadas a ajudar o nosso entendimento sobre objetos e processos astronómicos. Consequentemente, as recomendações da UAI devem basear-se em factos científicos bem estabelecidos e ter um amplo consenso na comunidade em questão.

Planetas Principais e a Lua

Os oito planetas principais no nosso Sistema Solar e o satélite da Terra têm nomes oficiais da UAI. Os nomes dos planetas principais já eram de uso comum quando a UAI se formou em 1919 (p. ex., cientificamente, na literatura astronómica profissional e amadora, em almanaques náuticos, etc.). No entanto, os nomes dos planetas foram por várias vezes incluídos na redação de resoluções da UAI desde a sua fundação e esses nomes podem ser considerados formalmente adotados pelos membros da UAI. Embora existam nomes culturais para os planetas e para o satélite terrestre noutras línguas, existem nomes clássicos para os planetas principais e para a Lua que aparecem nas resoluções de língua inglesa da UAI e no IAU Style Manual (que foi aprovado por uma resolução da UAI em 1988).

O que se segue é uma lista parcial de instâncias do uso desses nomes de planetas, mas não é de forma alguma exaustiva. Esta compilação demonstra, no entanto, que os nomes dos planetas e Lua têm aparecido em resoluções (ou na preparação de documentos aprovados pela UAI) aprovadas múltiplas vezes pela Assembleia Geral da UAI e continuam a ser de uso corrente.

1976: Os nomes dos principais planetas (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e Plutão) e o satélite da Terra (Lua) aparecem na resolução da UAI nº 10, que foi aprovada pela XV Assembleia Geral da UAI em Grenoble, França em 1976.

1988: A XX Assembleia Geral da UAI - que ocorreu em Baltimore em 1988 - aprovou a Resolução A3 da Melhoria das Publicações, que reconheceu “a importância de identificar objetos astronómicos de forma clara e inequívoca” e recomendou “que os autores e editores de literatura astronómica adotassem as recomendações no IAU Style Manual”. O “IAU Style Manual (1989): A Preparação de Documentos e Relatórios Astronómicos” por George A. Wilkins (Presidente da Comissão 5 da UAI) foi publicado em Dezembro de 1988 e reimpresso como o capítulo VIII (“IAU Style Book”) em “Transações da União Astronómica Internacional vol. XXB: Procedimentos da Vigésima Assembleia Geral Baltimore 1988” (1990; editado por Derek McNally; Kluwer Academic Publishers; Dordrecht). A secção 5.25 do IAU Style Manual lista os nomes dos “principais planetas” como Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e Plutão.

2006: A Resolução B5 da UAI (Definição de um Planeta no Sistema Solar) explicita a lista dos oito planetas, Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Enquanto a Resolução B5 definiu a categoria de planeta anão, a Resolução B6 explicitamente lista Plutão como um exemplo.

Estes nomes são também usados correntemente por grupos de trabalho recentes da UAI (p. ex., o Grupo de Trabalho da UAI para a Denominação de Sistemas Planetários, o Grupo de Trabalho da UAI de Coordenadas Cartográficas e Elementos Rotacionais no seu recente relatório por Archinal et al. 2011 Mecânica Celeste e Astronomia Dinâmica, vol. 109, ed. 2, pp. 101-135, etc.).

Portanto, a UAI reconhece nomes oficiais para os planetas principais (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno) e para o satélite da Terra (Lua).

 

Característica Planetárias

A nomenclatura planetária, como a nomenclatura terrestre, é usada para identificar de maneira exclusiva uma característica na superfície de um planeta ou satélite, de modo que a característica possa ser facilmente localizada, descrita e discutida. O procedimento é o seguinte:

  • Quando as primeiras imagens da superfície de um planeta ou satélite são obtidas, são escolhidos os temas para atribuição de nomes e os nomes de algumas características importantes são propostos, geralmente pelos membros de um grupo de trabalho da UAI criado para o efeito.
  • À medida que as imagens e os mapas de maior resolução ficam disponíveis, nomes de características adicionais podem ser solicitados pelos investigadores que fazem o mapeamento ou descrição de superfícies específicas ou formações geológicas.
  • Por esta altura, qualquer um pode sugerir que um nome específico seja considerado por um Grupo de Trabalho, mas não há garantia de que o nome seja aceite. Envie p.f. os pedidos de nomes através deste formulário.
  • Os nomes revistos com sucesso por um grupo de trabalho são enviados pelo coordenador do grupo para o Grupo de Trabalho para a Denominação de Sistemas Planetários (GTDSP).
  • Após uma revisão bem sucedida por intermédio de voto dos membros do GTDSP, os nomes são considerados aprovados como nomenclatura oficial da UAI e podem ser usados em mapas e em publicações. Os nomes aprovados são imediatamente inseridos no Diretório de Nomenclatura Planetária e publicados no seu sítio da internet. Qualquer objeção a esses nomes com base em problemas substantivos significativos ou na aplicação inconsistente da convenção normal de denominação da UAI deve ser encaminhada por escrito ou por e-mail para o Secretário-Geral da UAI no prazo de três meses a partir do momento em que o nome foi colocado no sítio. O Secretário-Geral fará uma recomendação ao coordenador da GTDSP sobre se o nome ou os nomes aprovados devem ser reconsiderados. O Secretário-Geral, em concordância com o Presidente da UAI, pode solicitar um conselho de consultores externos.
  • Os nomes aprovados também estão listados em transações da UAI.
  • As categorias das características planetárias estão listada aqui.

(de http://planetarynames.wr.usgs.gov/approved.html)

 

Definição de Planeta

Convidamo-lo/a a consultar as Resoluções B5 e B6 da UAI (arquivo PDF, 92KB) adotadas em Agosto de 2006, na XXVI Assembleia Geral em Praga, bem como o comunicado de imprensa publicado na ocasião. O seguinte artigo relacionado com o tema também pode ser de interesse: https://www.iau.org/public/pluto/.

 

Planetas Anões

Planetas anões são objetos em órbita do Sol com massa suficientemente grande para se tornarem arredondados devido à própria gravidade, mas não são planetas nem satélites. Ao contrário dos planetas, estes corpos não desobstruíram completamente a vizinhança em torno das suas órbitas e os seus caminhos cruzam-se por vezes com os de outros objetos, muitas vezes semelhantes.

Atualmente, existem cinco planetas anões identificados no nosso Sistema Solar, cada um com o nome de um deus da mitologia Grega, Polinésia ou Romana. Estes cinco corpos são Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris. Além disso, todos eles, à exceção de Ceres, também são classificados como plutoides, o que significa que são planetas anões que orbitam para além de Neptuno e têm uma magnitude absoluta na banda H maior que 1.

Existem várias etapas antes de um nome proposto ser aceite:

  • Quando um corpo é descoberto é-lhe dado um nome provisório, o qual é posteriormente substituído por uma designação numérica permanente, assim que a sua órbita for bem determinada.
  • A equipa responsável pela descoberta sugere um nome adequado aos dois grupos relevantes da UAI - os grupos de trabalho para a Denominação de Corpos Pequenos (DCP) e para a Denominação de Sistemas Planetários (GTDSP) - que juntos são responsáveis por denominar planetas anões. O nome destina-se a refletir as características do próprio corpo e a ser uma alcunha apropriada derivada da mitologia. Objetos, incluindo planetas anões, muito além da órbita de Neptuno, devem receber o nome de uma deidade ou figura relativa à criação; por exemplo, Makemake, o criador polinésio da humanidade e o deus da fertilidade, e Haumea, a deusa havaiana da fertilidade e do parto.
  • A UAI finalmente decide sobre a atribuição do nome, dando prioridade aos nomes propostos pelos responsáveis pela descoberta.
  • Planetas anões não podem compartilhar nomes com qualquer outro corpo pequeno do Sistema Solar.

Os nomes das características dos corpos no sistema de Plutão estão relacionados com a mitologia e com a literatura e história da exploração:

Plutão:

  • Nomes para o submundo nas várias mitologias.
  • Deuses, deusas e anões associados ao submundo.
  • Heróis e outros exploradores do submundo.
  • Escritores associados a Plutão e à Cintura de Kuiper.
  • Cientistas e engenheiros associados a Plutão e à Cintura de Kuiper.

Caronte:

  • Destinos e marcos da ficção espacial e outras explorações.
  • Naves espaciais da ficção e mitologia e outras explorações.
  • Navegadores, viajantes e exploradores da ficção e mitologia.

Estige:

  • Deuses dos rios.

Nix:

  • Deidades da noite.

Kerberos:

  • Cães da literatura, mitologia e história.

Hydra:

  • Serpentes e dragões lendários.

 

Satélites de Planetas no Sistema Solar

O GTDSP é responsável pela denominação de satélites de planetas. Com o aval do GTDSP, o DCP assume a responsabilidade pela denominação de satélites de planetas menores.

A tecnologia moderna permitiu descobrir satélites de até 1 km de tamanho ou mesmo menores. O grande aumento na taxa de descobertas de satélites tornou necessário ampliar as categorias de nomes existentes para os satélites de Júpiter e Saturno, cujos nomes são retirados da mitologia greco-romana. Os satélites jovianos já foram denominados com base nos protegidos e amantes de Zeus/Júpiter, mas agora os descendentes de Zeus também se tornaram uma fonte de nomes permitidos. Os satélites de Saturno foram até agora denominados com base nos titãs greco-romanos, descendentes dos titãs, gigantes e do deus romano dos começos. A fim de internacionalizar os nomes, agora também são permitidos os nomes de gigantes e monstros de outras mitologias (até aqui gálica, inuíte e nórdica).

O processo de denominação de satélites naturais recentemente descobertos é o seguinte:

  • Quando relatado ao Central Bureau for Astronomical Telegrams da UAI, o objeto recebe um nome provisório, consistindo na letra S seguida do ano de descoberta e um número que indique a ordem de descoberta nesse ano.
  • Quando o satélite é confirmado, o responsável pela sua descoberta sugere um nome final. Expandindo a prática passada, os satélites de planetas menores serão, sempre que possível e apropriado, denominados com base em figuras mitológicas intimamente relacionadas com o nome do primário e sugestivas dos tamanhos relativos. Por exemplo, objetos transneptunianos binários de tamanho comparável devem receber os nomes de gémeos ou irmãos, consistente com o princípio atual do uso de nomes de deuses da criação ou do submundo. Como outro exemplo, os satélites que compartilham o ritmo orbital de Plutão devem assumir o nome de deidades do submundo, já que o próprio Plutão tem o nome do deus romano do submundo, o qual era capaz de tornar-se invisível.
  • A UAI finalmente decide sobre a atribuição do nome, dando prioridade aos nomes propostos pelos responsáveis pela descoberta.

Mais informações:

 

Planetas menores

A atribuição de um nome particular a um determinado planeta menor é o fim de um longo processo que pode levar muitas décadas:

  • Começa com a descoberta de um planeta menor que não pode ser identificado com nenhum objeto já conhecido. Esses planetas menores recebem uma designação provisória. As designações provisórias são baseadas na data da descoberta e são atribuídas pelo Centro de Planetas Menores (CPM) de acordo com uma fórmula bem definida que envolve o ano da descoberta, duas letras e, se necessário, outros dígitos (p. ex., 1989 AC ou 2002 LM60).
  • Quando a órbita de um planeta menor se encontra suficientemente bem determinada de modo a que a sua posição possa ser prevista de forma confiável no futuro (normalmente, depois do planeta menor ser observado em oposição quatro ou mais vezes), o planeta menor recebe uma designação permanente - número emitido sequencialmente pelo Centro de Planetas Menores, por exemplo, (433), (4179) ou (50000).
  • Quando um planeta menor recebe um número permanente, o responsável pela descoberta é convidado a sugerir um nome a ser-lhe atribuído. O responsável pela descoberta tem esse privilégio por um período de dez anos após a numeração do objeto. Deve também escrever uma breve citação explicando os motivos para a atribuição do nome de acordo com as diretrizes da UAI.
  • Todos os nomes propostos são apreciados pelos quinze membros do Grupo de Trabalho para a Denominação de Corpos Pequenos (DCP) da UAI, composto por astrónomos profissionais de todo o mundo com actividade de investigação relacionada com planetas menores e/ou cometas.

Os nomes propostos devem:

  • Ter 16 caracteres ou menos de comprimento
  • Ser de preferência uma palavra
  • Ser pronunciáveis (em algum idioma)
  • Ser não ofensivos
  • Ser não muito semelhantes a um nome existente de um planeta menor ou satélite planetário natural.

Os nomes de indivíduos ou eventos conhecidos sobretudo por atividades políticas ou militares não são adequados até 100 anos após a morte do indivíduo ou da ocorrência do evento.

Além do mais,

  • os nomes de animais de estimação são desencorajados
  • os nomes de natureza pura ou principalmente comercial não são permitidos.

Há diretrizes mais detalhadas para planetas menores invulgares em certos grupos dinâmicos, por exemplo:

  • Os asteróides troianos (aqueles que libram em ressonância 1:1 com Júpiter) são denominados com base nos heróis da Guerra de Tróia (Gregos no ponto L4 e Troianos no ponto L5).
  • Os planetas transjovianos que atravessam ou se aproximam da órbita de um planeta gigante, mas não numa ressonância estabilizada (os chamados Centauros) recebem nomes de centauros.
  • Objetos que atravessam ou se aproximam da órbita de Neptuno em ressonâncias estabilizadas diferentes de 1:1 (de destacar os Plutinos na ressonância 2:3) recebem nomes mitológicos associados ao submundo.
  • Os objetos suficientemente para lá da órbita de Neptuno cuja estabilidade orbital é razoavelmente assegurada por uma fração substancial do tempo de vida do Sistema Solar (denominados Cubewanos ou objetos transneptunianos "clássicos") recebem nomes mitológicos associados à criação.
  • Os objetos que se aproximam ou atravessam a órbita terrestre (assim chamados Asteróides Próximos à Terra) geralmente recebem nomes mitológicos.

Os nomes aceites tornam-se oficiais quando são publicados, juntamente com as citações que os acompanham, na Circular de Planetas Menores, emitida mensalmente pelo Centro de Planetas Menores.

O DCP reconhece a necessidade de limitar o número de planetas menores nomeados e solicita que os descobridores individuais e equipas proponham não mais que dois nomes a cada dois meses.

Ao contrário de alguns relatos recentes nos média, não é possível comprar um nome para um planeta menor. Se você tem um nome que deseja atribuir a um planeta menor, o melhor conselho é "Ir lá fora e descobrir um!".

A lista alfabética de todos os nomes está disponível no Centro de Planetas Menores, incluindo as circunstâncias da descoberta.

Mais informações:

 

 

Cometas

Um cometa é um corpo composto de material rochoso e gelo, geralmente com alguns quilómetros de diâmetro, que orbita o Sol. Os cometas podem passar pelo Sol apenas uma vez ou passar pelo Sistema Solar periodicamente. A cauda de uma cometa é formada quando o calor do Sol aquece o coma ou o núcleo, o que liberta vapores para o espaço.

Durante o século XIX, os cometas só receberam nomes após a sua segunda aparição, enquanto aqueles que só apareceram uma vez foram designados por uma combinação de ano de descoberta, números (tanto árabes como romanos) e letras. Às vezes, o nome do descobridor era referido entre parênteses. Somente no século XX é que os cometas foram rotineiramente nomeados após as suas descobertas.

Hoje, o Grupo de Trabalho para a Denominação de Corpos Pequenos (DCP) da Divisão F da UAI é o órgão responsável por questões estratégicas relacionadas com a denominação de cometas. Quando um cometa é descoberto e confirmado, o Central Bureau for Astronomical Telegrams anuncia-o em nome da UAI. Em seguida, é dada uma designação de acordo com o seguinte padrão (ver Resolução C.5 aprovada pela UAI em 1995 na p. 32 deste PDF):

  • Um prefixo, dependendo do tipo de cometa, que pode ser um dos seguintes:
    • P/ para um cometa periódico.
    • C/ para um cometa não periódico.
    • X/ para um cometa cuja órbita não pode ser calculada.
    • D/ para um cometa periódico que não existe mais ou que é considerado como tendo desaparecido.
  • O ano da descoberta.
  • Uma letra maiúscula identificando o meio mês de observação durante esse ano (A para a primeira metade de Janeiro, B para a segunda metade e assim por diante).
  • Um número que representa a ordem de descoberta dentro desse meio mês.

Como exemplo, o terceiro cometa descoberto na segunda metade de Janeiro de 2013, e classificado como periódico, seria designado como P/2013 B3. O método preciso, incluindo exceções e casos especiais, é descrito na resolução da UAI Sistema de Designação de Cometas.

Quando um cometa periódico é observado após a sua segunda aparição, o Centro de Planetas Menores (CPM) da UAI atribui-lhe um número permanente indicando a ordem da descoberta.

Para completar a denominação, um cometa recebe o nome dos seus dois primeiros descobridores (sobrenome para um indivíduo ou então uma palavra ou acrónimo para uma equipa de astrónomos). Os nomes aparecem em ordem cronológica e separados por um hífen. Em casos muito raros, o título pode conter o nome de três descobridores, ou pode até ser genérico.

Exemplos de títulos completos para cometas (provisórios ou finais) são 119P/Parker-Hartley, C/1995 O1 (Hale-Bopp) ou 146P/Shoemaker-LINEAR.

Linhas de orientação mais detalhadas que explicam o processo de atribuição dos nomes dos descobridores a um cometa podem ser encontradas neste documento da UAI. Leia também este ensaio no sítio do International Comet Quarterly.

 


Denominação de Objetos Fora do Sistema Solar

Estrelas

Veja a página dedicada "Denominação de estrelas".

 

Nebulosas, Galáxias e Outros Objetos

A designação de objetos para além do Sistema Solar deve consistir em duas partes - um acrónimo principal e um valor sequencial.

  • Um acrónimo é um código que especifica o catálogo ou coleção de fontes, de acordo com as seguintes regras, entre outras:
    • Deve ter pelo menos três caracteres (letras e/ou números, evitando caracteres especiais).
    • O acrónimo deve ser único.
    • O acrónimo não deve ser excessivamente longo.
  • Sequência: uma série de caracteres geralmente alfanuméricos que identificam de forma exclusiva a fonte dentro do catálogo. Os valores comuns para a sequência são:
    • Número sequencial.
    • Com base nas coordenadas do objeto. As coordenadas equatoriais devem ser sempre precedidas de J se relativas ao equinócio padrão de J2000.0.

Mais informações:

As especificações completas relativas às designações para fontes de radiação astronómica fora do sistema solar são publicadas pelo Grupo de Trabalho em Designações Astronómicas da Comissão B2 da UAI. Consulte http://cds.u-strasbg.fr/vizier/Dic/iau-spec.htx para mais detalhes.

 

Exoplanetas

Veja a página dedicada "Denominação de exoplanetas".